O DEBATE REALISTA NO CONTEXTO DA GUERRA NA UCRÂNIA: EQUILÍBRIO ENTRE DINÂMICAS, MUDANÇA INTERNACIONAL E CÁLCULO ESTRATÉGICO

Resumo

Na primeira abordagem, que pode ser caracterizada como: Dinâmicas de Equilíbrio de Poder, os autores argumenta, que a invasão russa à Ucrânia e a resposta do Ocidente exemplificam a luta pelo equilíbrio de poder. A teoria realista sugere que os Estados buscam equilibrar o poder dos seus rivais para garantir a sua própria segurança. A expansão da OTAN e o apoio militar ocidental à Ucrânia são vistos como tentativas de contrabalançar o poder russo na região, como se pode ler, é abordado o cenário do realismo ofensivo de Mearsheirmer (2001) que sustenta que, diante da incerteza sobre as intenções dos outros, bem como a quantidade actual e futura das capacidades de um oponente, as grandes potências tendem a acumular poder constantemente, gerando, como resultado, uma espiral de segurança entre potências rivais.

Na segunda abordagem, Mudança Internacional, o artigo discute como a guerra catalisa as mudanças na ordem internacional. Isso inclui a revitalização da OTAN, o fortalecimento da União Europeia em questões de segurança e defesa e a redefinição das alianças e parcerias globais. A guerra também tem acelerado a divisão entre as democracias liberais ocidentais e os regimes autoritários, como a Rússia e a China.

Na terceira abordagem, Cálculo Estratégico, o autor analisa o cálculo estratégico dos principais actores envolvidos. A Rússia busca reestabelecer a sua esfera de influência e desafiar a ordem liderada pelo Ocidente. Os Estados Unidos e os seus aliados europeus estão empenhados em conter a agressão russa e manter a integridade territorial da Ucrânia. O artigo também considera as respostas estratégicas de países não directamente envolvidos no conflito, como a China e a Índia, que têm estado a ajustar as suas políticas externas em resposta às dinâmicas emergentes.