Língua Portuguesa e o discurso de sujeitos haitianos
Palavras-chave:
Haitiano, Língua Portuguesa, EstrangeiroResumo
Este trabalho se insere na visão discursivo-desconstrutivista e tem como objetivo problematizar a representação de Língua Portuguesa dos sujeitos haitianos moradores da cidade de Três Lagoas. Partimos dos princípios teórico-metodológicos oriundos dos Estudos Culturais e da Análise de Discurso da linha francesa que entre outros objetivos busca a compreensão da produção social de sentidos. Abordamos as noções de sujeito, discurso e formação discursiva pela leitura de Pêcheux[1] e Foucault[2]; representação, pelo viés de Coracini[3]. Assim, por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas, buscamos refletir sobre a representação que o sujeito haitiano faz sobre a Língua Portuguesa. Por fim, podemos observar, por meio das análises, que no discurso dos entrevistados perpassa a sua representação de estrangeiro com muitas restrições sociais, a começar pela língua e é o domínio da Língua Portuguesa, principalmente, que representa sua condição de adaptação no Brasil.
[1] Cf. PÊCHEUX, M. Semântica e Discurso: Uma Crítica à Afirmação do Óbvio. Trad. De Eni Orlandi et alii. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.
[2] Cf. FOUCAULT, Michel. Arqueologia do Saber. Tradução: Luiz Felipe Neves. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
[3] Cf. CORACINI, Maria J. R. F. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade: línguas (materna e estrangeira), plurilinguismo e tradução / Maria José Coracini. - . Campinas, SP: Mercado de Letras, 2007.
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