Por que ler os clássicos da negritude lusófona?

Autores

Palavras-chave:

Clássico, Negritude Lusófona, Literatura africana de expressão portuguesa

Resumo

O presente estudo pretende, no essencial, abordar as razões de leitura dos textos clássicos da negritude expressa em língua portuguesa. De entre as várias questões que o tema em si levanta para compressão teleológica do pensamento literário negro-africano, destacam-se as seguintes: no âmbito da negritude de expressão portuguesa, o que é uma obra clássica? Por que a ler? Quais são e qual o seu conteúdo ideológico? Conscientes, não obstante, da diversidade dos textos clássicos, decidimos, por opção, aflorar apenas alguns textos de forma muito sumária, pois os seus fundos exigem um outro tipo de cotejamento, mais sistemático e abrangente. É objectivo deste trabalho fazer com que o desconhecido (oculto, misterioso e enigmático) nos textos clássicos da negritude lusófona se torne conhecido.

Referências

Literatura negro-africano

ALTUNA, Raul Ruiz de Asúa, Cultura Tradicional Bantu, Paulinas, Maputo, 2006. ANDRADE, Mário Pinto de e TENREIRO, Francisco José , Poesia negra de expressão portuguesa, Lisboa, CEI, 1953.

ALTUNA, Raul Ruiz de Asúa “Uma nova poesia nasceu em África”, in Ambembi (junho de 1955). São Paulo.

ABÍLIO, Bens Nhoca, Bukamá, Luanda, Nzila, 2009.

CARRILHO, Maria, Sociologia da Negritude, Lisboa, Edições 70, 1975.

CRUZ, Viriato da, Poemas, Col. 11 Clássicos da Literatura Angolana, Luanda, 2014.

LARANJEIRA, Pires, A Negritude Africana de Língua Portuguesa, Porto, Afrontamento, 1995.

LARANJEIRA, Pires, Negritude Africana de Expressão Portuguesa. Texto de Apoio (1947-1963), Angelus Novus, Coimbra, 2000.

LARANJEIRA, Pires,Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, Universidade Aberta, Lisboa,

NETO, Agostinho, Obra Poética Completa. Sagrada Esperança. A Renúncia Impossível. Amanhecer., coor. de Irene Alexandre Neto, Fundação Dr. António Agostinho Neto, Luanda, 2ª ed., 2018.

PACAVIRA, Manuel Pedro, Nzinga Mbandi, col. 11 Clássicos da Literatura Angolana, Luanda, 2015.

PASCOAL, Carlos Gonga, A poética Negritudinista de António Jacinto como forma de resistência à colonização portuguesa, Lisboa, Editora Templários, 2018.

SANTO, Alda do Espírito, “Mundo Negro”, in A voz de São Tomé, II, 13 (16-1- 1948).

TENREIRO, Francisco José, “Processo poesia”, in Mensagem, ano XV, nº 1 (abril de 1963), Lisboa, CEI.

TRIGO, Salvato, Introdução à Literatura Angolana de Expressão Portuguesa, Porto, Brasília Editora, 1977.

Outras obras

CALVINO, Italo, Por que ler os clássicos?, trad. de Nilson Moulin, Campanha das Letras, São Paulo, 2ª ed., 200.

MAGALHÃES, A. Freudenthal, R. e PEREIRA, C. Veiga, Antologia de Poetas Angolanos – Casa dos Estudantes do Império 1951-1963, Mercado de Letras Editores, Lisboa, 2014.

PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei, Por que ler os clássicos?, FEUSP, São Paulo, s/d.

TOLSTÓI, Lev, O que é a Arte?, trad. de Ekaterina Kucheruk, Gradiva, 3ª ed. Lisboa, 2017.

VALENTIM, Inácio, Contra a Pedagogia. A difícil tarefa de ensinar a ensinar: lições de Filosofia da Educação e de Teoria da Educação no Instituto Superior Politécnico Sol Nascente (ISPSN) – Huambo, Editora: ISPSN, Angola, 2019.

WAALS, Willem (Kaas) van der, em Guerra e Paz Portugal / Angola 1961 - 1974, trad. de Helena Maria Briosa e Mota, s/l., 2015.

Downloads

Publicado

06-06-2020

Como Citar

Pascoal, C. G. (2020). Por que ler os clássicos da negritude lusófona?. Revista Sol Nascente, 9(1), 105–136. Obtido de http://revista.ispsn.org/index.php/rsn/article/view/77

Edição

Secção

Artigos