O PAPEL DO DIRECTOR NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO EM ANGOLA

Autores

Palavras-chave:

Competências, Director Escolar, Gestão escolar

Resumo

Assumindo como problemática deste artigo a compreensão das competências essenciais ao exercício do cargo de director escolar, gizaram-se três objectivos de investigação, a saber: i) averiguar competências essenciais ao exercício do cargo de director de escola, segundo a percepção de professores, ii) compreender aspectos inerentes ao exercício do cargo de director de escola, na perspetiva de professores, e iii) desenvolver conhecimento sobre o perfil de competências de um director de escola, tendo por referência a percepção de professores. O estudo empírico decorreu durante o ano lectivo de 2015 numa Escola Missionária do I e II Ciclo do Ensino Secundário do Município de Benguela, adoptou uma natureza essencialmente qualitativa, tendo sido o estudo de caso a estratégia de investigação adotada. A principal técnica de recolha de dados foi o inquérito por questionário, tendo sido aplicado a uma amostra de quarenta e dois docentes de um universo de sessenta e dois. A análise documental foi adotada como meio complementar de recolha de dados. A análise de estatística simples foi a técnica de tratamento de dados privilegiada. Os principais resultados da presente investigação indicam que, segundo os professores participantes, o cargo de director deveria ser exercido por um docente com formação especializada na área da gestão e administração escolar. As competências privilegiadas para o exercício do cargo de director foram as relacionadas com o trabalho em equipa, a comunicação, a gestão de recursos humanos, a capacidade de liderança, a motivação docente, a valorização do trabalho docente e a gestão e negociação de conflitos. 

Referências

Abelha, M. (2005). Cultura Docente ao nível do Departamento Curricular das Ciências: um estudo de caso. Aveiro. (Dissertação de Mestrado). Universidade de Aveiro.

Adão, M.G. (2009). Contratos de autonomia – descentralização, desconcentração, (re) centralização. Que poderes conferiu às escolas? (Dissertação de Mestrado). Universidade Portucalense Infante D. Henrique. Porto.

Afonso, N. (2000). Autonomia, avaliação e gestão estratégica das escolas públicas. In J.A. Costa, A. Neto-Mendes & A. Ventura (Orgs.). Liderança e Estratégia nas organizações escolares – Actas do 1.º Simpósio sobre Organização e Gestão Escolar (pp.201-216). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Alonso, M. (2002). A supervisão e o desenvolvimento profissional do professor. In: N.S. Ferreira (Org.). Supervisão Educacional para uma escola de qualidade: da formação à ação (pp. 167-181). São Paulo: Cortez.

Barroso, J. (2000). O reforço da autonomia das escolas e a flexibilização da gestão escolar em Portugal. In: N. Ferreira & M.A. Aguiar (Orgs.). Gestão da educação: Impasses, perspetivas e compromissos (pp. 11-32). São Paulo: Cortez.

Barroso, J. (2004). A autonomia das escolas: uma ficção necessária. Revista Portuguesa de Educação, 17 (02), pp. 49-83.

Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.

Botler, A. (2003). Autonomia e ética na gestão escolar. Revista Portuguesa de Educação, 16 (1), pp. 121-135.

Canário, R. (2005). O que é a Escola? Um “olhar” sociológico. Porto: Porto Editora.

Carmo, H. & Ferreira, M. (2008). Metodologia da Investigação, Lisboa: Universidade Aberta.

Neto-Mendes, & A. Ventura (Orgs.). Liderança e Estratégia nas organizações escolares – Actas do 1.º Simpósio sobre Organização e Gestão Escolar (pp. 15-33). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Coutinho, C. (2018). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Edições Almedina.

Estêvão, C. (2004). Escola, justiça e autonomia – Os lugares da escola e o bem educativo. Porto: Edições Asa.

Ferreira, E. (2007). (D) Enunciar a Autonomia – Contributos para a Compreensão da Génese e da Construção de Autonomia na Escola Secundária (Tese de Doutoramento). Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.

Freixo, M. (2011). Metodologia Científica: Fundamentos Métodos e Técnicas. Lisboa: Instituto Piaget.

Fullan, M. (2003). Liderar numa cultura de mudança. Porto: Asa Editores.

Gaspar, P. & Diogo, F. (2014). Sociologia da Educação e Administração Escolar. Luanda: Plural Editores.

Hargreaves, A., & Fink, D. (2007). Liderança sustentável. Porto: Porto Editora.

Lang, V. (2008). A profissão de professor na França: permanência e fragmentação. In M. Tardif & C. Lessard (Orgs.). O ofício de professor. História, perspectivas e desafios internacionais (pp. 152-166). Petrópolis: Editora Vozes.

Libâneo, J. (2001). Organização e Gestão Da Escola, Teoria e Prática. Goiânia: Editora Alternativa.

Lima, L.C. (2001). A escola como organização educativa: uma abordagem sociológica. São Paulo: Cortez.

Lück, H. (2007). Gestão educacional: uma questão paradigmática. Rio de Janeiro: Vozes.

Martins, A.M. (2002). Autonomia da escola: a (ex) tensão do tema nas políticas públicas. São Paulo: Cortez.

Meirinhos, M. & Osório, A. (2010). O estudo de caso como estratégia de investigação em educação. EDUSER: Revista de Educação.

Montero, L. (2005). A construção do conhecimento profissional docente. Lisboa: Instituto Piaget.

Morgado, J. C. (2013). O estudo de caso na investigação em Educação. Santo Tirso: De Facto Editores.

Neto-Mendes, A. (2004). Escola Pública: Gestão Democrática, Colegialidade e Individualismo. Revista Portuguesa de Educação, 17 (02), pp. 115-131.

Nogueira, P. (2013). Trabalho colaborativo docente no ensino das ciências: estudo de caso. (Dissertação de Mestrado em Supervisão e Coordenação da Educação). Porto: Universidade Portucalense.

Pires, M. J. (2011). O Percurso de Gestão de uma Escola Pública em Portugal no caminho para a Autonomia. (Dissertação de Mestrado em Administração e Planificação da Educação). Porto: Universidade Portucalense Infante D. Henrique.

Prado, M.G. & Prado, D.M. (2001). O administrador escolar: visão e esclarecimentos. Interação. Revista de Ensino, pesquisa e Extensão, 3 (3), pp. 24-27.

Quivy, R. & Campenhoudt, L. (2003). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.

Revez, M.H. (2004). Gestão das Organizações Escolares, Liderança Escolar e Clima de Trabalho – Um Estudo de Caso. Chamusca: Edições Cosmos.

Sergiovanni, T. (2004). O Mundo da Liderança Escolar: desenvolver culturas, práticas e responsabilidade pessoal nas escolas. Porto: Edições Asa.

Silva, A. (2010). Reforço da Autonomia Escolar: O “Jogo da Corda” dos/as Directores/as das Escolas com Contrato de Autonomia (Dissertação de Mestrado). Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.

Stake, R. (2007). A Arte da Investigação com Estudos de Caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Referências Legislativas e Normativas

Angola (2011). Decreto-n.º 16/2011, de 11 de Janeiro – Publicado no Boletim Oficial da República. I Série – n.º 6 – Cria o fundamento do sistema de educação e visa conferir uma formação integral harmoniosa e uma base sólida e necessária à continuação dos estudos em subsistemas subsequentes.

Angola (2011). Decreto n.º 104/2011, de 23 de maio – Publicado no Boletim Oficial Iª Série n.º 98 – Define as condições e procedimentos de elaboração, gestão e controlo dos quadros de pessoal da Administração Pública Central e Local, bem como aos institutos públicos e demais serviços públicos.

Angola (2016). Decreto Lei n.º 17/2016, de 7 de outubro publicado no Boletim Oficial da República. I Série- n.º 170. Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, revogada pelo Decreto Decreto-Lei n.º 32/20, de 12 de Agosto – publicado no Boletim Oficial da República. I Série – n.º 170 – Cria os principios e as bases gerais do Sistema de Educação e Ensino.

Downloads

Publicado

15-07-2025

Como Citar

CHIHOCO, J. J. M. . (2025). O PAPEL DO DIRECTOR NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO EM ANGOLA. Revista Sol Nascente, 14(1), 372–396. Obtido de http://revista.ispsn.org/index.php/rsn/article/view/522